ARTIGO DE OPINIÃO 

DO

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

REVISTA DIRIGIR Nº 55

Escrito por: Miguel J. Baião dos Santos
Técnico superior do departamento de formação  profissional do IEFP
 

 
 Apesar de ter começado no final dos anos 50, só nos finais dos anos 80 começou a ter um impulso enorme. Reduz o canal de distribuição e permite ao consumidor, ele próprio, ser simultaneamente Empresário Independente e consumidor, dentro de uma organização reticular. Qualquer produto ou serviço chega ao consumidor quando e onde ele preferir, a preços de revenda. O exemplo paradigmático, é uma companhia, que opera em mais de 80 países e territórios
  
  Tendências da distribuição
 As tendências do consumidor e as revoluções económicas fazem aparecer novas formas de distribuir. O factor comum a todas elas é o gradual desaparecimento dos intermediários: a desintermediação.
Este fenómeno não é uma moda, mas sim uma tendência. Por definição, uma tendência veio para ficar. A razão de ser uma tendência prende-se com o facto de ir ao encontro das necessidades individuais do consumidor e por permitir reduzir os preços, visto não existirem intermediários ou, no máximo, existir um. Neste processo de eliminação de intermediários integram-se várias formas de  organização empresarial e de distribuição: Network Marketing,  Franchising,  Venda por catálogo, Venda directa, Telecompra e Venda por computador. 
  

  Tom Peters dizia, há cerca de dois anos, que a única coisa constante é a mudança.
“... O futuro torna-se presente e este já é passado."
Com efeito, apesar de na Europa continuarem a abrir grandes superfícies, e de muitos  consumidores frequentarem com entusiasmo e convicção  estes espaços, assiste-se cada vez mais ao aparecimento  de formas de distribuição alternativas.

 A busca da ética
 
Recuperamos valores. Procuramos produtos não agressores do ambiente. Apreciamos os fabricantes que contribuem para causas humanitárias. Gostamos da sensação de ser consumidores “morais”. Queremos transparência nos  negócios...., nas relações com os outros. 
Procuramos relações autênticas baseadas
no respeito pelos outros.
 Passamos da assistência, diz Jonh Naisbitt, à capacitação pessoal , marcada pelo triunfo do indivíduo.